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domingo, 5 de fevereiro de 2012

finishing some unfinished business... (or at least trying)

E como que num piscar de olhos, num respirar, o mês de janeiro acabou... parece que foi ontem que estava voltando do recesso e veja só: já é fevereiro!


O gerenciamento do tempo nunca foi uma tarefa muito "natural" por assim dizer pra mim. Sempre tentei encaixar muito mais coisas do que as 24 horas que me foram concedidas por dia podiam suportar. Isso porque vivendo numa metrópole como a que eu vivo, sempre tinha a ilusão de que sim era possível fazer tudo o que eu queria e além de tudo, ainda dormir :)


Trabalhar, ir pra academia, estudar, sair com amigos, ler, ir a shows, cinemas, teatro, andar de bicicleta aos fins de semana, ser voluntária, café com pessoas queridas, curtir minha família, passear com cachorro... Lógico que dá pra fazer tudo isso (#NOT!) e ainda ter tempo pra mim, simplesmente para não fazer nada. Tentei aplicar para a minha vida o conceito do banco 30 horas, tentando multiplicar meu tempo e adivinhe só?! não deu muito certo!


Comecei zilhares de coisas e não terminei. Via algo interessante no jornal, guardava-o para ler mais tarde (hahaha! a pilha é imensa!); começava a ler um livro e antes de chegar ao 3º capítulo já tinha começado outros 3 (cheguei ao absurdo - pra mim - de ter oito livros começados e não terminados praticamente ao mesmo tempo). E a lista é longa... E isso me incomodava muito, mas mesmo assim eu mantia a prática (brasileira, não desisto nunca!).


Mas percebi que quanto mais enchia minha agenda com eventos, livros, filmes e etc, mais eu percebia que minha lista de coisas não acabadas estava crescendo exponencialmente. E que eu não estava ganhando nada com isso, muito pelo contrário. Não havia qualidade de vida nem vida de qualidade. Só a ansiedade crescente diante dessa luta rídicula contra o tempo.


...entrando no mesmo pique das resoluções de ano novo, uma de minhas resoluções foi tentar, passo a passo, terminar coisas que estão pendentes e que são importantes pra mim...


Não quero de forma alguma mais horas no meu dia. Finalmente aprendi que as 24 horas são suficientes! Isso tem sido um exercício diário. Algumas diretrizes como por exemplo: dormir não menos que 6 horas por noite, otimizar meu tempo no trabalho de modo a evitar jornadas extremamente longas, tentar evitar horário de pico no trânsito (piadinha!), não começar novas leituras sem terminar a anterior, entre outras são importantes pra esse processo.




Em Convite à Solitude, Brennan Manning diz que:




"eu necessito de solitude - um tempo para alcançar aquele estado de paz e de
tranquilidade no qual eu consiga me recompor, recobrar o ânimo e simplesmente
funcionar".
E isso é muito real. Mesmo na loucura a que muitas vezes se resume a minha vida, essa pausa para revisão e reorganização está sendo crucial.


Em um sermão muito interessante (The Cost of Discipleship) ,Mark Driscoll diz:




"It's better to do one or two things to completion than seven thing to
incompletion... Some of you need to say yes less"


Eu não tenho nenhuma ambição de que vá conseguir terminar todas as coisas que estão pendentes, mas a resolução é de pelo menos tentar com algum esforço isso. Se não conseguir ler a biografia de Keith Richards, hehehehe, ok! então deixarei de lado e continuarei com as demais leituras pendentes. Sem crise nenhuma, como diria um amigo meu.





O importante pra mim nesse momento é priorizar muito menos no fazer para poder ter tempo de ser.