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quarta-feira, 4 de março de 2009

But things are different now...

Tenho estado bem cansada ultimamente; além do cansaço físico, pela agenda insana, vem também o cansaço mental.
Chego em casa depois de um dia cheio e ao tentar descansar qual é a novidade? xi... não consigo "desligar"; fico pensando na listinha de "to do" que terminou o dia repleta de coisas pendentes, na avaliação de resultados do time, nas notícias sobre lançamentos de novos concorrentes, na decisão do governo que impacta diretamente meu trabalho... enfim, nas poucas horas que tenho fora do escritório, a sensação que tenho é que na verdade só meu corpo está em casa. Minha mente ainda está lá.
Voltando de uma reunião fora de São Paulo e tive um dos melhores momentos desse últimos dias... um momento em que finalmente a mente entrou no modo "hibernar" e deixou de pensar nessas coisas do trabalho. Estávamos na estrada, eu e uma das minhas bandas favoritas (Corvos!!!!!), quando uma frase de uma música me chamou a atenção...
"...There's nothing I can do..."
Gosto muito dessa música, como de várias outras da banda e já tinha ouvido várias vezes... mas dessa vez, essa frase teve um outro sentido pra mim. Lembrei-me de uma das resoluções que me propus no início do ano, da resolução de ordenar as prioridades de minha vida.
Amo meu trabalho e estou numa fase "esponja", com várias novas atribuições chegando e aprendendo muito a respeito de muitas coisas legais. Assumi alguns compromissos que engoliram por completo qualquer espaço em minha agenda.
O sentido da música não tem nada a ver com o que a frase me despertou, mas quando penso "there´s nothing I can do..." me lembro que tenho falado coisas bem parecidas pra mim mesma a respeito desse modelo kamikase que estou vivendo...
Há algum limite entre ascensão e desenvolvimento profissional que não suprima um mínimo necessário (e saudável) de vida pessoal? Percebi que por alguns momentos coloquei como default a resposta para essa pergunta: "Tenho que cumprir com tudo que me comprometi, custe o que custar.. independente de perder compromissos pessoais, de levar problemas pra casa ou o que for..."
Será isso mesmo? Será que não há nada que eu possa fazer pra buscar esse bendito equilíbrio?
Cheguei ao escritório com uma certa esperança... é como se tivesse levado um "cutucão" que me fez perceber a insanidade que minha vida estava (está ainda) se tornando.
Continuo trabalhando muito, mais horas do que o normal, pendências ainda acumulam-se sobre minha mesa, mas confesso que tenho conseguido fazer com que minha mente saia do escritório junto comigo e que minhas pendências e tudo o mais fiquem no lugar devido: sobre minha mesa, aguardando o próximo dia da maratona. E chego até a pensar na outra parte da música:
But things are different now...
Soa estranho, mas a sensação que tenho tido nesses dias é de esperança, a despeito de prazos estourados, pendências, cansaço... Faz sentido? Não sei e sinceramente não estou preocupada em saber se faz ou não (pelo menos não right now). Só o fato de conseguir ordenar meus pensamentos, ter algum (por mais reduzido que seja) tempo pra pensar, ler e etc, coisas que estavam na minha relação de prioridades, isso já me alegra.






**Caso tenha surgido alguma curiosidade, o nome da música é There's Gold In Them Hills - Black Crowes


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