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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

My Blueberry Nights


My Blueberry Nights... não canso de assistir.. sério! Por quê??? Hum....
Além de um ótimo elenco, ótima trilha e ótima história.. pra não falar das cores do filme... creio que o momento pelo qual estava passando quando assisti pela primeira vez também ajudou muito para formar minha opinião geral a respeito. Sério, não é coisa de P.I.M.B.A. não... eu, como boa leitora de Martha Medeiros, que se encaixa totalmente em sua definição de que as mulheres (todas!) são doidas e santas, não consigo formar opiniões neutras a respeito das coisas que leio, assisto ou ouço.. não consigo isolar o que estou vivendo ou sentindo.... ainda bem! hehe
Em um momento do filme, Jeremy (dono de um bar em New York) comenta com sua "misteriosa" cliente (Elizabeth) a respeito da bendita blueberry pie, pois ao final do dia, ela sempre sobra intocável... segue o diálogo:

Elizabeth: So what's wrong with the Blueberry Pie?
Jeremy: There's nothing wrong with the Blueberry Pie, just people make other choices. You can't blame the Blueberry Pie, it's just... no one wants it.
E:Wait! I want a piece.
Just people make other choices... ou, em bom português, "o que seria do amarelo se todos gostassem do azul??"
E foi exatamente isso uma das coisas que mais marcaram a respeito desse filme. Escolhas. Parte dos mal entendidos, da intolerância que presenciamos nos dias de hoje está diretamente relacionada à nossa incapacidade (sociedade) de lhe dar com a diferença.
Veja bem, não estou entrando no mérito do certo e errado, Bem e Mal, e muito menos pregando o pluralismo, só estou querendo dizer que muitas vezes deixamos de escolher a "blueberry pie" não porque não gostamos dela, mas porque todos escolheram a de morango e não queremos ser "diferentes".
Meu ponto é que fomos criados únicos e as vezes deixamos de valorizar a beleza que há nisso. Deixamos de respeitar a opinião do outro só porque é diferente da nossa. Ou, o que é pior, deixamos de expressar nossa real opinião com medo de não sermos "aceitos".

...

aproveitando o embalo das citações, fica aqui uma das minhas partes favoritas do livro "O mundo de Sofia":

...A única coisa que precisamos para nos tornarmos bons filósofos é a capacidade de nos admirarmos com as coisas...




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